Sinopse:
É o momento de Miranda e Meredith conhecerem a realidade de Joan e Annie em Washington DC, porém ser espião não é fácil nem em filmes, imagina na vida real. Será que elas serão capazes de sobreviver a este mundo?
É o momento de Miranda e Meredith conhecerem a realidade de Joan e Annie em Washington DC, porém ser espião não é fácil nem em filmes, imagina na vida real. Será que elas serão capazes de sobreviver a este mundo?
Suspense | Ação | Drama + 16 anos
*Crossover baseada em Covert Affairs, Grey’s Anatomy e Three Rivers.
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Operação
Sigilo 3
11. A Fuga
Meredith’s POV:
Foi tudo rápido e intenso
demais, e não sei se conseguirei contar na exata ordem cronológica, mas quando
os russos tentaram invadir aquele apartamento, Annie nos conduziu para a saída
de emergência, ela e Joan, a outra mulher da CIA, pareciam saber o que estavam
fazendo, pareciam ter fugido de lugares daquela forma um milhão de vezes, bom,
pelo menos em Seattle já era a segunda fuga delas, se contar a do
hospital...e...eu me senti, sei lá, em um filme de Hollywood, Annie era um tipo
James Bond de saia e ...bom..eu não sei direito quem eu era, porque ação nunca
foi dos meus gêneros favoritos.
Eu estava apavorada.
Tremendamente apavorada, e só conseguia escutar o que Joan e Annie repetiam a
todo instante “não olhe para trás, não olhe para trás”....mas onde iríamos
parar? Onde aquela corrida nos levaria? Nos vi saindo das dependências do
prédio, correndo pelas ruas, como se fossemos loucas...e ok, é, um pouco errado
pensar nisso quando sua vida ta correndo risco, mas o que seria da minha
carreira? Faltavam apenas mais dois anos de residência...e...de repente aquela
correria toda, aquela confusão, parecia que iria fazer com que eu perdesse meu
ano de Medicina. Ok, você provavelmente não deveria estar me escutando agora,
médicos são loucos, bitolados e que depois de tanto estudar só pensam no
diploma...e...ok, eu vou parar e agradecer por estar viva a esta altura, mas,
com certeza aqueles eram pontos que me assombravam. Eu não olhava para trás,
como elas diziam, mas preocupada, por vezes troquei alguns olhares com Miranda,
e algumas vezes olhei também as agentes, desejei encarar aquilo de uma forma
mais fácil, como elas pareciam encarar. Uma cirurgia com pedaços de tecido para
todo lado e sangue pareciam tão mais fácil...
(Joan) Ok, ok...temos que
...parar...!- Disse a moça mais loira, bastante ofegante. Me preocupei que ela
fosse ter um treco ou algo assim, como médica eu devia ter alertado que fugas
não são aconselháveis na gravidez...mas....bom, a gente não teve tempo para
isso. - Tem uma rua lateral, na próxima a esquerda...eu conheço Seattle...- Ela
tornou a falar, e vi nossa pequena trupe se desviando para lá.
A rua parecia bem mais
tranquila que a avenida principal que estávamos, porém, diferente do que eu
achei, que fossemos parar, descansar um pouco, porque até eu que não carregava
filho algum no ventre já estava morrendo,
a loira novamente chamou nossa atenção.
(Joan) A BMW
preta...vamos...- Ela apontou o carro preto do outro lado da rua, e me
perguntei, claro que mentalmente, quantos agentes da CIA de Langley haviam
invadido Seattle?
Miranda’s POV:
Anteriormente, 1 semana
atrás
(Miranda) E se eu disser
que para mim é mais que diversão? Que você mexe comigo de um jeito que ninguém
mexeu antes.
(Annie) Não diga uma coisa
dessas!
(Miranda) Por que você
morre de medo, deixa rolar .. deixa acontecer.
(Annie) Nunca devia
acontecer!
Sempre soube que as
mulheres são estranhas, mas Paulie era ainda mais que todas elas, por isso
talvez eu tivesse me apaixonado a primeira vista. Irônico, já que eu sou uma
pessoa quase sem sentimentos, insensível, que escolho pessoas para deitar
comigo e na hora de dormir as mando embora. Sempre fui assim, nunca encontrei
quem fizesse meu coração bater mais fortes, aquelas borboletas no estômago, e
histórias que contam em romances sejam filmes ou livros.
Meu mundo desabou sobre a
minha cabeça quando soube que ela era uma agente da CIA, falto-me coragem para
dizer que eu estava apaixonada, e ser uma espiã era algo que eu não conhecia,
um mundo a parte do meu mundo, mas definitivamente enquanto eu me entreguei ela
ficava na defensiva, fugindo dos meus toques, isso antes, porque, quando no
quarto entraram vários homens com armas imensas, só tive tempo de olhar para
trás rapidamente, a mulher grávida, também espiã conduzia Meredith e eu, para
que a loira um pouco mais jovem, pudesse enrolar eles, para nossa fuga.
Chuvas de tiros espalharam
naquele quarto no saguão diversos homens surgiam, parecia não ter mais fim
aquele filme de bang bang. Ainda preocupada com Paulie, ou seja qual nome ela
tinha, descia a escada, degrau a degrau, suando, segurando o choro, até chegarmos
numa rua distante do edifício, Joan apontou um carro, e tive a certeza,
estávamos em verdadeiro apuros, aquilo não era treinamento de guerra nem filme,
era a minha vida, minha nova realidade.
Joan’s POV:
Já fazia algum tempo que
eu não estava em uma missão de campo...e na verdade eu nem sabia se aquela
poderia ser considerada uma, tecnicamente, a CIA não sabia, mas a adrenalina, e
para mim, aquilo era uma missão de campo.
Tivemos que deixar o
apartamento, tudo para trás, quando os russos invadiram, reconheci um ou dois
rostos da época que estive na Rússia com Lena, não havia dúvida que eles
queriam a moça do hospital, eu só não sabia exatamente o porque. Saímos as
pressas, e na rua, se camuflar entre os civis parecia ainda mais difícil. Mas continuamos
a tentar despistá-los, e eu não vou mentir, mas tirando o fato de estar sendo
perseguida, a outra coisa que mais estava me incomodando era a forma como a tal
médica, a suposta filha de Lena, olhava para Annie...não sei, mas, intuição
feminina. Sinceramente, toda a
disposição física que exigia uma missão de campo, eu achei que poderia ter, mas
confesso...estava tão cansada a certa altura com aquela corrida e adrenalina,
que não sabia quanto tempo mais podia suportar, e de repente, apenas por um instante,
minha preocupação com a filha da Lena Smith se tornou o menor dos meus
problemas. Ainda se eu falasse demais, era capaz dela ter que me ajudar se
acontecesse alguma coisa com a criança.
Apontei um beco, e Annie
pareceu concordar, as outras duas seguiram, minha intenção era parar, tomar
folego para que continuássemos, porém, de longe, eu podia escutar a gritaria
dos civis, e estava quase certa de que os russos estavam se aproximando de nós.
Encarei Annie nos olhos e neguei com a cabeça, querendo dizer que não
poderíamos parar. Parecemos ter pensado na mesma coisa, pois nossos olhos se
foram quase que imediatamente para a BMW estacionada há poucos metros dali.
Corremos na direção do carro. Estava na hora de nossas acompanhantes pararem de
acompanhar o “pega-pega” de espião, para ver como realmente eles agiam. Não
tínhamos tempo a perder.
Annie’s POV:
Minha vontade era
conseguir explicar direitinho para as duas meninas o que estava acontecendo.
Com Miranda, não teria jeito, ela teria que ir para Langley e ser recrutada,
desejando ou não, porque os russos desejavam-na, e isso seria perigoso, não
queria uma Lena Smith 2 atuando por aí. Quando vi a outra médica sorri de forma
gentil, mas ao me aproximar delas percebi pela janela homens saindo de um furgão,
e não precisou de muito para eu juntar as peças.
Sem muita falação apontei
o lado de fora, implorando com os olhos que Joan tirasse as meninas dali, não
demorou muito para que homens invadisse o quarto, quebrando a porta, puxei
minha pistola, e atirei. Eram muitos, quando via-os cair, olhava rapidamente
para trás, em direção as escadas que possivelmente elas estavam descendo em
direção a segurança.
Percebendo que eram
muitos, acabei parando de ser heroína e da mesma forma saindo pela escada, em
mãos minha bolsa e arma. Correndo pulando alguns degraus, ainda atirava, e eles
também, o que fez a população gritar, preocupada vendo aquela cena. Respirei
fundo, me aproximando das médicas e Joan, que apontou o carro, sorri de forma
sacana, estendendo a arma para minha chefe.
Com uma ferramenta do meu
“kit espião” abri a porta.
(Annie) Por
aqui..meninas.. vamos sair daqui logo. - Quando de fato elas entraram no carro,
com o mesmo instrumento rasguei a fiação fazendo uma nova, que ligasse o carro,
dando a partida.
Não demorou muito para
escutarmos mais tiros, só que eles, agora num número menor, veio atrás.
(Annie) Joan.. com ou sem
emoção? - Brinquei olhando para ela que estava no carona.
(Joan) Com emoção! - Ela
sorriu de volta, parecia pouco a pouco se sentir melhor. - Eu não esperaria
menos de um dos meus agentes! - Joan brincou, tornando a sorrir.
Sorri da mesma forma,
vendo que as meninas estavam admiradas, aumentei a velocidade, enquanto o
Furgão vinha logo atrás. Quebrando os faróis, e qualquer sinalização, sempre
olhando pelo retrovisor deixei-os bem distante de nós, despistando parei na
auto estrada, pegando celular e ligando para Auggie.
(Annie) Oi .. precisamos
da sua ajuda!
(Auggie) Eu sabia, sempre
precisam! O que devo fazer?
(Annie) Encontra alguém
que possa nos buscar em Seattle.
(Auggie) Vai para o
heliporto, estarão esperando você e Joan?
(Annie) E mais duas!
(Auggie) Walker..que
aprontou?
(Annie) Quando chegar ..
conversamos!
(Auggie) Considere feito!
12. Uma nova chance
Auggie’s POV:
Quanto mais eu estivesse
junto de Annie mostrando que não tínhamos segredos um para outro, mas na
verdade eu tinha, culpa de Arthur, que antes de sair, me deixou completamente
comprometido. Mas esse era o menos dos meus problemas, Annie cresceu como agente,
por mais que eu tivesse muito orgulho dela, eu tinha também medo.
Medo porque ela agora
queria fazer todas as missões, mesmo as mais perigosas, e não era por querer se
matar ou algo assim, contrário, parece que quer mostrar para si mesma que é
capaz. E pior.. ela é.
Ao receber ligação dela,
respirei aliviado, estava em segurança voltando para casa, mas o que havia
acontecido em Seattle, quem eram as pessoas que ela disse trazer, não sabia,
ninguém ali da DPD sabia.
Fiquei em minha sala
monitorando-as pelo celular de Annie, que claro, as vezes saia do ar, a espera
foi torturante, até escutar passos e Joan se aproximar de mim.
(Joan) Auggie...- Ela
bateu levemente no vidro da porta ao me chamar. -...fracamente, classe
econômica? - A escutei brincar.
(Auggie) Estamos cortando
os gastos.. e também estou feliz em te ver, senhora! Como foi tudo por lá?
Joan suspirou e por este
suspirou, eu soube que deveria me preocupar. Escutei seus passos em direção
aonde eu estava.
(Joan) Não mentiria
dizendo que foi tranquilo...mas...- Ela fez uma pausa, como se tivesse muita
coisa em mente, muito o que pensar. -....é bom estar em casa. Temos na verdade
um problema,...digo...dois...
(Auggie) Dois? Me diga em
que posso ser útil?
(Joan) Bom duas novas
vidas, identidades, eu diria....e...- Joan foi direta, mas a percebi baixar o
tom de voz levemente para contar a segunda parte. -...e...uma delas
possivelmente será recrutada...
(Auggie) Hum.. Annie saí
de férias e traz problemas..quero dizer, soluções, quem sabe, não é? Deixa
comigo, eu providencio!
(Joan) Você a conhece! -
Foi tudo que Joan exclamou.
Meredith’s POV:
Washington DC. Eu me
lembro de ter estado ali uma única vez em uma viagem para a escola, passeio
histórico-cultural, coisas de museu...e...bom, nada fora disso. Nossa viagem,
depois que havíamos conseguido chegar até o aeroporto, fora relativamente
tranquila, mas o que me preocupava era o que viria a seguir. Quer dizer...o que
eu faria naquele local? Completamente novo?
Joan Campbell adentrou ao
prédio da CIA, pedindo que Annie nos fizesse companhia, o que na minha opinião
era um jeito delicado de dizer “fique de olho nelas”, não que eu estava na
posição de reclamar, elas possivelmente haviam salvado minha vida, mas eu tinha
medo do que estariam planejando ali para nós. Pedimos um copo de café cada uma,
a viagem inteira eu não havia conseguido pegar no sono e estava exausta, por
isso, era a melhor pedida desde que eu havia pisado naquele solo novo.
(Meredith) É aqui que você
trabalha? - Arrisquei cortar o silencio, olhando Annie. Nos estávamos sentadas
em uma mesinha na varanda da cafeteria térrea.
(Annie) Sim, exatamente ..
é aqui que trabalho! E eu quero aproveitar e dizer que sinto muito, por tê-las
trazido para cá.
(Miranda) É, você deve
sentir muito sim .. agente da CIA. - Estranhei o tom de voz de Miranda, mas
nada perguntei, ela se levantou andando um pouco parecendo querer conhecer o
lugar.
Meus olhos acompanharam
Miranda que havia se levantado repentinamente. Tomei um gole de café, e voltei
a encarar Annie, embora tivesse perguntas a fazer sobre que tom havia sido
aquilo de Miranda, me segurei, Annie não era, Cristina, ou algum outro
residente do tipo que eu podia sair por ai enchendo de perguntas. Me detive
apenas as que me diziam respeito.
(Meredith) O que acha que
irá acontecer conosco?
(Annie) Acho que terão que
ficar um tempo aqui em DC. Eles viram vocês.. eles sabem de Miranda, entende?
Correm perigo.
(Meredith) Hm...e...você
acha que tem risco de...descobrirem ela aqui também?
(Annie) Para ser sincera?
Acho .. mas não vão chegar aqui atirando em tudo, fica tranquila!
Acabei sorrindo de canto e
tomei mais um gole.
(Meredith) A propósito,
sei que deveria ter dito antes, mas...obrigada! - Mal tive tempo de terminar a
frase, e a agente mais velha havia surgido ali próximo de nós. Ela mantinha
suas expressões sérias, sem muitos sorrisos, mas eu percebera já desde a viagem
que aquilo era comum, poucas vezes a via
sorrir, e quando via, era a respeito de algo que Annie havia dito.
(Joan) Meninas,...eu acho
que vocês têm liberação para subir para um tour na CIA! - Ela indicou dois
crachás de visitante, me entregando um, e estendendo o outro a Miranda.
(Miranda) Que ótimo.. esse
é um sonho antigo! - Novamente Miranda havia sido irônica, olhava cada uma de
nós e por fim falou novamente. - Obrigada, Joan.. esse é mesmo seu nome?
Joan arqueeou uma das
sobrancelhas com a atitude de Miranda, mas não se alongou.
(Joan) Faz alguma
diferença? ...Vamos! - Ela indicou o caminho e eu rapidamente engoli o resto do
café, me levantando para seguí-la.
Annie’s POV:
Quando Joan levou as
garotas percebi o gelo de Miranda para meu lado, ela evitava inclusive me
olhar, respirei fundo indo até Auggie, chamando-o para nosso treinamento.
(Auggie) Calminha aí,
apressadinha!
(Annie) Auggie, não me
faça contar a missão, você sabe ..
(Auggie) Sei que foi
Henry, e você está seguindo a linha que ele te deu.. Ela é mesmo?
(Annie) Tudo leva a crer!
Acho que ela é sim.
(Auggie) Então, por isso
Joan quer recrutá-la. - Ele se levantou me abraçando,me beijando.
13. Langley
Joan’s POV:
Seguimos hall a dentro de
Langley em direção aos elevadores. Até
então, estávamos todas em silêncio, talvez eu não tivesse dado abertura para
perguntas, mas confesso que como guia turística, eu sempre fui uma boa espiã.
Apertei o andar que iríamos e as encarei, mais uma vez aquele silêncio, ainda
mais abafado por estarmos no elevador.
(Meredith) Nós
precisaremos mudar nosso nome? - A moça de cabelo mais claro arriscou
perguntar, quebrando o silêncio. Levantei meus olhos do pequeno monitor onde
anunciavam as notícias e a encarei.
(Joan) Uma nova identidade
seria o ideal. Já estamos providenciando. - Respondi apenas o que ela havia me
perguntado. Meus olhos passaram pela outra moça e depois voltaram para o
monitor.
(Meredith) Isso...é um
sim, né? - A garota perguntou mais uma vez, claramente aquele mundo era completamente
novo. Ameacei a responder, mas fui interrompida.
(Miranda) Ela não tem nada
com isso, senhora.. Eu sou filha da tal bandida, eles estão atrás de mim, não é
isso?
Desviei no mesmo instante
os olhos para Miranda, que havia interrompido. Encarei frente a frente seus
olhos verdes, respondendo.
(Joan) Você a colocou
nesta história quando arriscou indo naquele apartamento em companhia.
(Miranda) Isso não é
justo! Nada disso que está acontecendo. Somos médicas, não somos fugitivas.
O elevador apitou o andar,
e apontei para que elas saíssem primeiro.
(Joan) Vou lhe contar algo
então: a vida não é justa. Vamos!
Miranda’s POV:
Aquela mulher, a tal de
Joan, era toda autoritária, e eu confesso estava louca para sair daquele lugar,
apesar de ter no peito um selo escrito “visitante”. Eu precisava ver Annie
Walker, falar com ela pessoalmente, para entender o que estava de fato acontecendo.
Andávamos pelos corredores daquele lugar imenso, entrando e subindo no
elevador, até um andar que nem eu, nem Meredith sabíamos o que aconteceria.
Ao chegar, para nossa
surpresa, era uma espécie de academia, podemos reparar de longe Annie ou Paulie,
lutando com um rapaz cego, eles sorriam, estavam animados, e estranhamente
senti algo no ar, eles se gostavam, ou eu estava vendo coisas?
Meredith’s POV:
Eu juro que tentei falar
algo, quebrar aquela barreira de gelo que havia se formado em torno da senhora
Campbell, porém as respostas curtas me fizeram ver que não existiria muito
assunto, e se eu não tomasse cuidado, acabaria por levar patada. Naturalmente,
eu não sou o tipo de pessoa que gosta de patadas, por isso, acabei concluindo
que o silêncio era o melhor para todas naquele momento.
Passamos por diversos
setores, corredores, escadas, garanto que eu não lembro o nome de nenhum. Era
tudo cheio de sigla, e me parecia que até decorar o nome de cada osso do
esqueleto humano era mais fácil.
Fiquei tentada a perguntar
onde estávamos indo, quando voltamos para o elevador, porém, não arriscaria
novamente. Joan parecia centrada nas notícias que passavam pelo monitor,
enquanto eu e Miranda trocamos alguns olhares. Me perguntava se ela estava tão
perdida quanto eu. Quando descemos no andar, ele era completamente diferente de
todos os outros e conforme fomos seguindo Joan, o barulho de impactos fortes
cada vez ficavam mais fortes. Logo se revelaram, ser Annie, ou Paulie, lutando
com um rapaz. Além de atirar e roubar carros, ela era boa também em luta.
Annie’s POV:
Estava treinando com
Auggie, quando escutei o elevador, percebi as meninas vindo com Joan, as três
mantinham um semblante sério, talvez inclusive de preocupação. Eu entendia
isso, Langley nem sempre era um bom lugar, tranquilidade era algo que não
existia ali. Não demorou muito para Joan mostrar a que veio.
(Joan) Annie...- Ela fez
sinal para que eu me aproximasse. - Sua vez, as meninas são suas, eu tenho uma
reunião no NCS, e não posso continuar o babysitter.
(Annie) Deixa comigo .. -
Olhei em direção de Auggie, tocando no ombro dele mostrando que nosso
treinamento tinha terminado temporariamente. Percebi os olhares das meninas em
minha direção, sorri de canto, em seguida me aproximando. - Antes de conhecer
Langley, quero que conheçam a vida de um agente aqui da CIA, onde todo sigilo
ainda é pouco. Miranda, você corre perigo se voltar para Seattle, acho que até
aqui corre perigo.
(Miranda) E Meredith! Não
posso ferrar com a vida dela.
(Annie) Ninguém ta
ferrando ninguém, estamos todos tentando ajudar! Sinto muito por estarem aqui,
mas eles não estão brincando. - Levanto um pouco a blusa mostrando o curativo,
para que entendam que se tentaram me matar, faria com elas também.
Após me despedi de Auggie
e Joan, fui com as meninas para o DPD, onde mostraria minha mesa, e, como as
missões aconteciam. Ficamos até bem tarde, nesse tour. Eu sabia que elas
estavam assustadas e bastante chateadas, mas, ao brincar um pouco, acabou que
tivemos uma tarde agradável.
14. Amor X Amizade
Joan’s POV:
Já havia anoitecido quando
eu terminei todos os dossiês. Olhei pela janela, observando por alguns
instantes a escuridão que havia tomado o dia. Meus olhos em seguida foram na
direção do resto do departamento. As cortinas levantadas, permitiam que eu tivesse
visão completa de tudo ali, é claro que pelo adiantar da hora, só havia um ou
outro agente terminando de recolher as coisas para irem embora. Eu devia fazer
o mesmo, mas por algum motivo continuava ali, sentada, cheia de perguntas sem
resposta, e parecia muito mais fácil pensar nelas ali, do que em casa...que bem, nem era exatamente minha
casa no momento, era a antiga casa da irmã de Annie.
Annie. - O nome ecoou em
minha cabeça e desviei os olhos para o celular que havia ali em cima. Ameacei
pegá-lo, mas desisti no meio do caminho, voltei a encarar a sala, depois as
gavetas que havia em minha mesa, abrindo-a. Encarei o frasco com pílulas, e a
fechei rapidamente, antes que eu pudesse pensar duas vezes. Não podia. O
celular talvez fosse a melhor opção para minhas perguntas pararem. Procurei na
discagem rápida o número de Annie e apertei o botão para ligação. Me arrependi
no instante em que levei o celular ao ouvido, mas não seria ridícula de
desligar agora. Eu já havia passado dessa fase, ao menos esperava.
(Annie) Walker..
(Joan) Annie? Sou
eu...Joan...- Ok, ela devia saber desse detalhe pelo visor do celular dela, mas
uma vez me arrependi, já não bastava ter ligado, ainda eu tinha que responder
assim? Mas não voltei atrás. - Você ainda está no prédio?
(Annie) Oi Joan.. Sim
estou.. as meninas estão com Auggie, e eu desligando meu computador. Precisa de
mim?
(Joan) Poderia vir aqui na
minha sala um instante?
(Annie) Claro! Estou
chegando .. Até já.
+++
Não demorou muito ao ver
Annie se aproximar da sala. Sorri de canto, me levantando para recebê-la.
(Joan) Obrigada por ter
vindo, quer dizer, você já deveria estar em casa a essa hora. - Fiz sinal para
que ela encostasse a porta. -..são dos riscos que se corre, fazer hora extra,
sua chefe chamar...- Brinquei.
(Annie) E ela chamou
mesmo! - Annie riu brincando, fechando a porta e se aproximou do sofá. - Queria
me ver? Aconteceu mais alguma coisa?
(Joan) Mais alguma
coisa...hm...não exatamente...na verdade é a mesma coisa...- Encostei as costas
na mesa, pousando a mão por um instante em minha barriga, sempre achei que
essas coisas eram charme de mulheres grávidas, pra mostrarem que estavam
grávidas, mas experimente ter algo se mexendo sem parar e empurrando suas
costelas para ver. Respirei fundo, indo direto ao assunto. -...você acha que
estamos tomando a melhor decisão com relação as garotas?
(Annie) Acho que não temos
muita escolha! Miranda Foster está na lista dos 10 mais de Moscou, eles querem
recrutá-la de qualquer jeito, alegando que ela tem o sangue de Lena Smith, por
sua vez, não sei, mas a outra médica estava conosco eles a reconhecerão.
(Joan) Hm...é
só...que...não sei onde poderei encaixá-las na CIA,...e a filha de Lena
Smith...com certeza tem o mesmo sangue que a mãe, já viu o quão arrogante ela
é? - Fiz uma careta. Eu não gostava de falar muito das pessoas, mas aquela
mocinha realmente me tirava do sério. -...além do mais, ela só falta te atacar
com os olhos...- Me arrependi no instante que disse aquilo, se quer estava
pensando no que eu falava. - e...quer dizer...ela...bom, ela é como a maioria
dos médicos que eu conheço, se acham Deus, ou coisa do tipo.
(Annie) Ela salvou minha
vida Joan .. E .. antes quando eu a conheci acabamos.. você sabe, tendo
encontro amistoso! Tive que conquistar a confiança dela.
(Joan) Bom..ela fez o
trabalho dela...salvar a sua vida! - Não ia dar o braço a torcer. Levantei
minha sobrancelha, desconfiada, era algo que eu já vinha me perguntando há
algum tempo. -...você teve que conquistar a confiança dela ou ela? - Tentei não
transparecer nada nesta pergunta, mas não estava certa que havia conseguido.
(Annie) Não vou negar ..
Aconteceu Joan, nós .. dormimos juntas! Tudo pelo disfarce.
Senti um nó subir pela
minha garganta como se estivesse queimando, uma sensação estranha com a
revelação. Ok, eu não era nenhuma inocente, por Simon já sabia que Annie havia
aprendido a usar uma das maiores armas de um espião, mas não exatamente tinha a
confirmação. No primeiro momento achei que fosse desmaiar ou vomitar, não sei,
mas respirei fundo, desviando os olhos por alguns instantes e voltando a
encarar Annie.
(Joan) Vocês dormiram
juntas? Annie...eu achei que você tivesse aprendido depois de Simon,
Eyal....e...e você tem namorado! - Tentei transformar tudo que eu sentia em um
sermão.
(Annie) Eu sinto muito..me
arrependi, Joan! De verdade, me arrependi mesmo. Mas não tenho como mudar o
fato, aconteceu!
(Joan) Não tem como mudar?
Você sabe os problemas que isso irá nos trazer...aquela garota está, sei lá,
apaixonada por você!
(Annie) Apaixonada? Não...
Ei Joan, ela não está não!
(Joan) Se não acha, eu
aconselho você a abrir seus olhos! - Sentia meu rosto queimar, eu sabia que
estava bastante irritada, e na tentativa de me acalmar, puxei a bolsa preta que
estava em cima da mesa, colocando minhas coisas, por algum motivo, de repente,
havia ficado difícil até de encarar Annie.
15. Eu amo você!
Annie’s POV:
Eu tinha acabado de me
arrepender de ter ficado com Miranda, primeiro porque Joan estava furiosa com
essa situação e em segundo, conforme ela mesma fez questão de me lembrar eu
tinha um namorado. Auggie era só carinhos e mimos comigo, e, por que eu não me
sentia completa ao lado dele? Achava que Meredith e Miranda seriam mandadas
para a fazenda, para treinamento, era a melhor coisa a ser feita, questão de segurança.
Depois falaria com Henry
Wilcox, dizendo que ela estava sob nossos cuidados diretos, e, gostaria de
visitar Arthur Campbell para junto com Joan, pedir que ele concedesse amostra
de sangue para o teste de DNA.
As coisas se ajeitariam
acreditei, quando me aproximei de Joan, olhando primeiramente para a barriga
dela, depois, fixando em seus olhos, sussurrei.
(Annie) Confia em mim? Vou
falar com Miranda! Prometo .. ela vai entender.
(Joan) Eu não acho que ela
irá entender... - Joan havia desviado os olhos do material que ela colocava na
bolsa para me encarar, o que já era um avanço. -...ela...ela...é...- Joan se
expressou em uma tentativa falha.
(Annie) Ela é o quê, Joan?
(Joan) Não importa! Faça o que bem entender, ok?!
Você sempre acaba fazendo isso mesmo. - Joan colocou a caixa do óculos com
raiva dentro da bolsa, fechando-a. - Só não se esqueça que essa tal Miranda não
é a única que te tira de apuros. E olha que essa nem é minha profissão como é a
dela.
Surpresa acabo rindo ao
perceber o que acontecia, passando a mão devagar na barriga dela, em seguida
erguendo segurando o queixo, sussurrando novamente.
(Annie) Ciúmes?
Vi Joan ameaçar a dizer
algo duas vezes, e acabar voltando atrás, sua mão havia ido de encontro a
minha, na intenção de tirá-la, mas ela havia, do contrário, pousado a mão ali,
como se não tivesse coragem.
(Joan) Não é...- Nossos
olhos se encontraram e percebi que ainda era mais difícil para ela continuar a
falar, quando estávamos nos encarando. -...não é ciúmes...- Mas, diferente de
como sempre sua voz saia, cheia de confiança, a voz havia sido baixa e receosa,
como se ela não conseguisse mentir nem para si mesma.
Nossos corpos estavam bem
perto, nossos olhos fixados, mordi levemente meu lábio, aproveitando para
voltar a sussurrar.
(Annie) Sim... é ciúmes!
(Joan) Nã...- Os lábios de
Joan abriram, ameaçando a continuar a frase, negando, novamente, mas nossos
olhos se encontraram mais uma vez, fixos. Foi apenas uma fração de segundos que
nos encaramos, apesar de parecer muito mais. Joan desviou os olhos para o resto
de meu rosto, parecia encarar tudo. Eu podia escutar o quão rápido seu coração
estava e no milésimo seguinte, em um impulso, senti os lábios de Joan encontrarem
os meus em um beijo.
Surpresa com o que ela
fez, mas também desejando o beijo, acabei me entregando e correspondendo.
Minhas mãos subiram em suas costas, no mesmo momento que a porta se abriu, era
Miranda, logo atrás vinha Meredith e Auggie.
OHH - MY - GOD! O que foi isso? Agora é sério, querem-me matar com esse final? Joannie é real!!! LOOOOOL
ResponderExcluir" Annie era um tipo James Bond de saia e (...)" ihihihi, já n era sem tempo de alguém reparar! lol
E nossa, o que foi isso? Jogo de ciúmes, Annie fica com uma, beija o namorado, beija a chefe, ai ai, como fala aqui, o caldo vai entornar! Espero é q n seja pro lado de Annie, mas n sei não...
Essa continuação foi perfeita! Tá cada vez melhor esse enredo, e tipo, n consigo deixar de sentir dó de Grey aí metida no meio LOOOL, sério, mt sem noção... ela pode ficar com Auggie? LOOL...ai n, pobre...omg....estou em conflito de emoções e de ships!
E super entusiasmada com o possível recrutamento de Miranda, tava aqui pensando...que nome se daria pro ship de Annie e ela? hm...Mirandie? LOOL Foster Walker, OMG! Mas como falei tou indecisa. Pq vcs fazem isso cmg? Auggie simplesmente tá lá e tal e vcs fazem isso.... ai o pobre!
E esse capítulo final com Joan??? OMG, sério, como vcs fazem isso ser credível? Pq sério, a gente na série, falando a vdd, cada um enxerga o q quer, interpreta como deseja, mas ISSO aqui é real! Não dá pra fugir não! E agora, omg, os outros viram elas se beijando no final??
Ah, AMEI Joan boss autoritária! She is hot!
Ok, sei lá, olha, sem palavras! Formidável e eu quero mais!
Adorei.mega.com
Ah, a capa just <3 made my heart beating fast e vamos fazer o ship de Miranda com Annie! Nome? =P
LINDO, MARAVILHOSO E VCS SÃO D+! ;)
Não queremos te matar não .. Curtiu o final foi? Lindas..Sim, dessa vez foi real, e agora como será a vida delas depois desse beijo? Auggie ainda por cima bem ali, "por perto", conforme você disse.. Ai ai ai ...
ExcluirAnnie cada dia mais está crescendo, mostrando que é uma excelente espiã, inclusive por isso teve um caso com Miranda, "tudo pela missão", conforme Lena Smith ensinou.
Você está mega certa, o "caldo vai entornar", e muita coisa ainda vai acontecer, aguarde! *____*
Meredith fica nesse fogo cruzado, ela entrou "de gaiato no navio", e nem sabe exatamente o que está por vir...na verdade gostei da sua sugestão ela com Auggie.. Quem sabe não será um casal ideal, nao é?
A CIA quer recrutar Miranda, por sua vez os Russos também, bora vê que lado consegue!!! Em Breve mais e mais emoções.
Amei seu comentário, a forma que está empolgada, e obrigada pelos elogios!
P.s.: Capa linda de Thais *___* Bom que gostou!