Revelações



Sinopse: 

Depois das revelações de Arthur Campbell, Joan vê seu mundo desabando, e em meio a este temporal que tomou sua vida, ela confia em uma única pessoa, a quem ela fará sua maior revelação. 

| Drama| Amizade  + Livre
* Continuação da fic "A Culpa Não É Das Estrelas".
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Joan’s POV:


Limpei as lágrimas, afastando-as, e  segurei novamente naquele volante. Liguei o carro e desta vez, com mais cautela, segui até meu destino que não ficava alguns bairros dali. Encarei a casa que aparentemente estava inteira apagada. Ainda sim, arrisquei, saindo do carro e tocando a campainha. Toquei apenas uma vez, se ninguém atendesse em alguns instantes eu iria embora, procuraria um quarto de hotel, filmes, chocolates, sorvetes...não é assim que pessoas normais fazem? Não é assim?...


“Joan?” – A voz soou surpresa, interrompendo todos as minhas divagações. A porta havia se aberto, e eu a encarei, nas expressões mais desconfiadas que eu já vira.


(Annie) Joan? Aconteceu algo?...- A loira soou preocupada.


Mordi meu lábio inferior, mas fui logo direto ao assunto.
(Joan) Posso entrar? – Minha voz soou bem mais fraca do que eu gostaria, uma mistura de choro abafado. Annie concordou rapidamente com a cabeça, me levando para o interior da casa.

(A Culpa Não É das Estrelas)




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Annie’s POV:


Anteriormente, Langley


Após a bomba que Arthur jogou para cima de todos eu não pensava em outra coisa que não falar com Joan, ela não merecia aquela notícia.


(Auggie) Você está vendo Joan por aqui?


(Annie) Não!


Perguntei para as pessoas que passavam por mim, mas, ninguém viu minha chefe, no celular “nada”, estava entrando caixa postal. Auggie se ofereceu praticamente para ir até minha casa, alegando que saudades e muita vontade de me abraçar. Por mais que eu desejasse essa noite de amor, eu me encontrava bem tensa, e, aleguei não ser a melhor companhia do momento. Deixei-o em casa, dirigindo para mim, precisava descansar um pouco, apesar que a todo momento vinha a imagem de Joan, como ela estaria, onde estava e o que aconteceria em Langley com a saída de Arthur Campbell.


Em casa, depois de um bom banho de banheira para relaxar. Pego uma garrafa de cerveja, com celular na outra mão, por tentar ligar para ela. Deixando os objetos na cama, me aproximo do espelho, na verdade pensando em como as pessoas podiam trair, manipular .. enganar. Nunca fui amiga de Arthur, o respeito, jamais pensei que ele pudesse fazer qualquer coisa contra a Joan, eles pareciam tão apaixonados, apesar dos desencontros que nossa profissão nos obrigava passar. Escuto um barulho vindo da entrada principal, e para minha surpresa era quem eu estava procurando.


Acabei fazendo uma pergunta de idiota, perguntando se algo aconteceu. Claro que sim, eu sabia o que tinha acontecido, entendendo, que ela da mesma forma foi enganada, que soube do caso extra conjugal junto com todos os agentes. Apontei a cama para que ela entrasse, se acomodasse, estendendo inclusive a garrafa de cerveja, que eu tinha dado apenas algumas goladas.


(Annie) Eu sinto .. sinto muito, Joan!


Joan me encarou e depois seguiu em direção a cama. Apesar de até então não ter dito nada, seu olhar transmitia agradecimento por recebê-la aquela hora. Ameaçou a não aceitar a cerveja, mas acabou pegando a garrafa e tomando um gole, estendo-a novamente para mim em seguida.


(Joan) Me desculpe aparecer essa hora eu...- A loira fez uma pausa, mordendo o lábio inferior e desviando os olhos, parecia tão confusa e desamparada naquele instante, tão diferente da chefe do departamento da CIA que perambulava pelos corredores toda segura de si em cima do salto alto. -...Não sabia mais para onde ir...ele queria conversar...- Ela acabou confessando quando voltou a me olhar.


Tomei mais um gole da cerveja que ela havia devolvido e em seguida mostrando que era melhor ela beber, estendendo novamente em sua direção.


(Annie) Não tem nada que se desculpar, imagina! Mas cedo ou tarde sabe que terão que conversar, não sabe?


Novamente Joan aceitou a garrafa e desta vez, depois do longo gole que deu, acabou ficando com a garrafa em mãos. Uma ou outra lágrima parecia escapar de seu controle. Rapidamente ela as enxugou.


(Joan) Ai, eu odeio isso! - Parecia falar mais para si mesma do que para mim. -...conversar? Ele preferiu conversar primeiro com o resto da CIA, no lugar de conversar comigo...como eu posso se quer pensar em conversar com ele? - Seu tom de voz havia voltado ao normal.


(Annie) Não pode! Quero dizer..é verdade, você está com a razão! Acho que o melhor a ser feito nesse momento.. é .. - Suspirei, não sabia o que dizer, que fazer para ajeitar a situação, porque Arthur tinha errado, e não tinha como voltar atrás. - é descansar! Relaxar a mente.


A loira parou por um instante, parecia refletir, apesar de estar com os olhos azuis fixos no rótulo da cerveja. Repentinamente, pulou da cama, ficando em pé, e me empurrando a garrafa de cerveja.



Joan’s POV:


Confesso que eu não fazia ideia do porque havia acabado na casa de Annie, quer dizer, eu me lembrava muito bem das nossas últimas desavenças no trabalho, e não tinha exatamente a certeza de que eu era a pessoa que ela gostaria de ver as duas da manhã, mas algo, me fez dirigir, sem nem pensar, para lá. Diferente do que eu imaginava, Annie me acolheu bem, parecia, eu diria, de certa forma estar até me esperando.  


Ela tentava ajudar nas palavras, na tentativa de que eu me sentisse melhor, mas eu continuava no mesmo fundo do poço, me sentindo tão mal quanto antes. A culpa não era dela, ela estava fazendo o papel de amiga,  e sim do estúpido do meu...


Fiz uma pausa quando meus olhos se fixaram na garrafa de cerveja que eu tinha em mãos. Repetidamente li aquela temerosa frase “bebida alcoólica”. Onde eu estava com a cabeça? Além de ter um casamento estragado, eu estava prestes a estragar todo resto...Assustada com a possibilidade, quando me dei conta, levantei da cama, entregando a garrafa de cerveja a Annie. Mantinha as mãos levemente tremulas, e por isso tentei escondê-las no bolso do blazer.


(Joan) Annie...- Falei, meio hesitante. Meus olhos passaram pelo quarto dela inteiro, até voltar a encará-la. Eu não havia conseguido conversar com Arthur ainda, não havia confessado a ninguém. -...o quanto você acha que pode guardar um segredo?!


(Annie) Um segredo?


(Joan) Sim...- Concordei com a cabeça. -...Ninguém sabe, Arthur não sabe...e...agora faz menos sentido ainda contar...mas..- As palavras por um instante se atropelaram em minha garganta criando um grande nó. Se quer havia caído a ficha, eu ainda não me considerava uma grá-...grá-..Acabei desistindo de tentar dizer primeiro para mim mesma, e tomei coragem para confessar em voz alta. -...eu tive uma consulta no médico..e...- Novamente travei.


(Annie) Consulta? Joan.. você está bem?


(Joan) Estou...eu acho, quer dizer,...eu estou …- Meu tom de voz naturalmente baixou. -...esperando uma criança....estou grávida. - Em vez de esboçar um enorme sorriso, fui tomada, desta vez, por uma crise de choro, em voz alta aquilo parecia tão mais real. Eu estava prestes a voltar a sentar na cama, achando que não aguentaria permanecer ali em pé, mas fui acolhida pelos braços de Annie em um abraço.



2 comentários:

  1. Hey! Tem mais? Ok, eu quero mais, não sei como vai ser na série, mas fazia tanto sentido, mas de qualquer forma acho mesmo super credível que este drama todo que Joan está passando vá talvez aproximar novamente Annie dela.

    Não costuma ser assim? Super interessante e eu adorei.

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    1. Num sei se tem mais...será que tem mais? hoho vamoooos ver! :P Faz sentido né? eu acho que é a oportunidade delas se aproximarem também...mas, tenho minhas dúvidas que serie vai seguir esse rumo, de Joan se mostrando mais "fraca". humana. Mas ainda sim, né, aqui é espacinho pra criaaaar, então vamos criar hoho! Feliz que tenha gostado * _ *

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Navegantes

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